Sonhemos
Desce a luz entre o corpo e a escuridão
Silêncio mármore da aurora estendida
Mas ignoremos a vela estirada ao vento
E rodemos entre o fado que nos prende
Por asas de céu voemos ainda a tempo
Onde o sonho é porque não se entende
Que quem pensa só lhe vem desalento
De viver a ilusão que não compreende.
Silêncio mármore da aurora estendida
Ecoar murmúrios de vazio e imensidão
Como se trouxesse o sentido da vida.
Triste ilumina o que à noite vemos igual
Que a vida assim é feita para se repetir
Só nós cuidamos pelo meneio de fingir
Verdade diferente por ser nossa afinal.
E rodemos entre o fado que nos prende
Por asas de céu voemos ainda a tempo
Onde o sonho é porque não se entende
Que quem pensa só lhe vem desalento
De viver a ilusão que não compreende.
Lindo, tocou-me este poema... parabéns!
ResponderEliminarCorpo transposto vibrando por entre a chama
Corpo indolente num sonho incessante
Fado que sem pedir, te prende à cama
Com asas de condor, voa para lá do horizonte...