Os dois tipos de amor

O amor correspondido é aquele que dá real sentido à vida. E esse amor é de tal forma amplo que não se restringe apenas ao que resulta da paixão entre duas pessoas. Alarga-se para a família e para os amigos. Ninguém ama a família que não tem, nem o amigo que não tem. É, por isso, um amor obrigatoriamente recíproco. Com as suas virtudes e os seus defeitos. Pois corresponder a um amor não é tarefa fácil. Exige de nós a parte que o outro procura em si. Mas, por outro lado, o amor não correspondido, o tal que nasce num só sentido, é o mais belo de todos. Por uma razão bastante simples: como nunca chega a ser vivido nunca chega a ter defeitos. Mantém-se, assim, imaculadamente perfeito.

Assim, o horizonte é a visão mais perfeita por ser aquele que nos foge constantemente. No entanto, é a terra em que vivemos que nos dá o propósito da existência.